Quando um organismo morre, inicialmente ele é decomposto por fungos e bactérias, mas este processo pode ser interrompido pela ação de certos fenômenos geológicos.

     O soterramento rápido é o maior agente responsável pela fossilização, pois não deixa o oxigênio entrar em contato com o organismo, sendo este obrigatório para a decomposição dos seres recentemente mortos. Para que ocorra a sedimentação é necessário ter um ambiente propicio a deposição de sedimentos microgranulares, por exemplo, um ambiente aquático com águas calmas é ideal para deposição de sedimentos.

     Após ocorrer o soterramento, inicia se o processo de diagênese que consiste na compactação do sedimento, ou seja, as camadas sobrepostas as iniciais fazem com que a pressão e temperatura aumentem, assim sendo, ocorre a etapa de cimentação, onde os sedimentos envolvidos começam a se agrupar formando rochas sedimentares local em que os animais (fósseis) ficaram preservados .

     As camadas estratigráficas em que se encontram estes fósseis estão geralmente em fundos marinhos, e/ou locais que sofreram intemperismo ao logo de milhares de anos, portanto para que possamos ter contato visual imediato é necessário que ocorra certos fenômenos físicos e químicos nesta determinada área. Um exemplo destes acontecimentos é a movimentação das placas tectônicas, que permite uma rocha antes no estagnada no interior da terra aflorar para a superfície, ou até mesmo o intemperismo que com o passar do tempo vai desgastando a rocha da superfície expondo a que estar por baixo.

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      Mesossaurus é um pequeno réptil, com corpo esguio e uma longa cauda deprimida lateralmente, medindo quando adulto, aproximadamente 1 metro. O crânio em forma triangular contém um número considerável de dentes delgados, apropriados para uma dieta carnívora. Os membros anteriores e posteriores, em forma de nadadeiras, permitiam o seu rápido deslocamento nas águas dos mares de 250 milhões de anos atrás, que existiram no sul da América do Sul (Brasil, Uruguai e Paraguai) e sul-sudeste do continente africano (África do Sul), tornando-o um eficiente predador.

O exemplar de mesossauro coletado na pedreira Rio verde mede cerca de 70 centímetros de comprimento, apresentando um esqueleto alongado e delgado. Através de pesquisas, as características osteológicas este fóssil classifica-se na espécie Brazilosaurus Sanpauloensis.

O crânio, cuja medida é de aproximadamente 6,4 centímetros, em vista lateral, demonstra uma forma triangular decorrente do pequeno comprimento do rostro e a mandíbula apresenta o bordo ventral reto. O pescoço, comparativamente maior, em relação ao crânio, mede aproximadamente 8,5 cm de comprimento. Quanto à cintura, estão presentes pequenos fragmentos dos ossos que a compõem e em relação ao membro anterior, apenas o úmero direito, sob forma de molde, acha-se preservado. Na região torácico-lombar salienta-se a morfologia das costelas, bastante delgadas. (Araújo, D. C - 1976.)

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É muito importante fazer análise dos fósseis encontrados, pois ela determina como era os hábitos
dos mesmo (alimentação, locomoção e etc), assim como o  ambiente que viviam. Ao fazer a descrição dos fósseis encontrados, o que geralmente é feito por especialistas, pode -se recriar o ambiente que viveu determinado indivíduo (foto ao lado). Esta tarefa é muito complexa pois consiste em reunir o máximo de informações possíveis, tanto geológicas como biológicas (se possível).  

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Como esta descrito no mapa (cor verde), esta é a extensão territorial que viviam os mesosaurídeos,  sendo três exemplares encontrados no Brasil (bacia do Paraná) e dois na África.
O primeiro mesosaurus encontrado foi descrito por Paul Gervais que o denominou mesosaurus tenuidens, em 1864.
Já em 1886 e 1887 COPE descreveu mesosaurus provenientes de calcários no Estado de São Paulo (Rio Claro, Limeira e etc). Estas descoberta aconteceu durante a construção de uma estrada de Ferro em Sorocaba. Este exemplar foi denominado Stereosternum Tumidum.
Durante um trabalho de campo realizado por White (1908), foram coletados exemplares de mesosaurus em xistos prestos, próximo à cidade de Irati. No mesmo ano, este exemplar foi enviado a Mac Gregor que observou a extrema semelhança  com os exemplares encontrados no continente africano. Não tendo nenhum argumento à respeito desta semelhança, ele o denominou Mesosaurus brasiliensis, dada a sua localização geográfica.
Em 1966, Shikama e Ozaki descreveram uma nova espécie de mesossauro encontrado numa camada calcária da formação Irati, próximo a cidade de Tatui (São Paulo). Estes autores compararam o novo gênero com as descrições já feitas de mesosaurus e Stereosternum, concluindo através de características anatômicas de crânio, extensão da região cervical e as delgadas costelas, que se tratava de uma nova espécie, denominada Brazilosaurus sanpauloensis.

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Localização geográfica da Serra do Caiapó

A serrá do caiapó situa -se no município de Montividiu (GO).
E uma área de constantes estudos devido o seu acervo fossilífero, em destaque a família dos mesosaurídeos.

A serra do caiapó faz parte do grupo geológico Irati, localizados na bacia do Paraná, onde são encontrados diversos tipos de rochas. muitas delas exaustivamente estudadas por deterem abundantes registos fossilíferos, o mais conhecido é o mesossauro. É conveniente destacar a atividade minerária neste local, pois a partir dela foi descoberto o sitio paleontológico (Serra do Caiapó). Em contrapartida, esta atividade danificou muito o acervo fossilífero deste local, por ter atividades como desmonte de rochas que geralmente é causado por explosivos que produzem uma onda de choque que se propaga por uma extensa área, além de outras atividades que colaboram para este impacto negativo.

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